domingo, 30 de novembro de 2008

Journalism Online em sentido restrito: algumas revisões

O conceito de personalização consiste na opção oferecida ao utilizador para configurar os produtos jornalísticos de acordo com os seus interesses individuais. É um processo que conta com sites noticiosos que permitem a pré-selecção dos assuntos, bem como, a sua hierarquização e escolha de formato de apresentação visual (diagramação). Assim, quando o site é acedido, a página de abertura é carregada na máquina do utilizador, atendendo a padrões previamente estabelecidos, da sua preferência. (Mielniczuk e Palácios, 2001).
A personalização pensa a configuração dos produtos de acordo com os interesses individuais dos usuários. Mas, o facto do utilizador percorrer os seus próprios trajectos, optando entre os links disponíveis e construindo uma linearidade narrativa particular, também caracteriza uma forma de personalização.
A informação personalizada é uma prática cada vez mais comum no webjornalismo porque possibilita o acesso por parte do leitor às notícias dos assuntos da sua preferência. Possuindo uma informação cada vez mais específica e individualizada, tem recebido um reconhecimento e uma procura significativa por parte das audiências deste novo suporte (Guérin, 1996).
Alvarez Fernández (1996) constata que o mercado se segmentou, sectorizou, sob uma poderosa tendência para o individualismo. Cada pessoa, consumidor de informação e comunicação, sente-se em condições, perante a multiplicidade da oferta e as facilidades de acesso, de organizar a sua própria ementa, de decidir o que lhe interessa e gosta a cada momento. E um dos pontos fulcrais para o futuro, circundará em torno da oferta de serviços «a la carte» e da possibilidade de os jornais se transformarem em pontos de venda de serviços.
Por seu lado, Nicholas Negroponte (1996: 164) sublinha que esta prática dá destaque aos interesses particulares e específicos de cada leitor, permitindo-lhe o acesso apenas aos artigos por si desejados, uma espécie de Daily me («diário de Mim»), onde a audiência tem a possibilidade de montar os seus pacotes informativos próprios, de acordo com as suas necessidades, ausentes de limitações espaço-temporais.

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